03 abril 2006

A existência deliberada ou a tosta de presunto

A força das causas só é visível no confronto das evidências. Com efeito, mais um fim de semana passado e mais uma brutal riqueza de passagens bíblicas evidentemente apocalípticas na sua acepção de revelação. Se não, atenda-se à brutalidade do concerto decorrido na passada sexta-feira no Litradas na bela terra não de Viriato mas dos Viriatos com o belo do côco. Música intensa dos Fado Morse e os descausados da vida sentem-se mal e ausentam-se. Entram, vêem que são músicos a sério e fogem!!!

Que se passa? Não é um qualquer DJ que passa músicas sem autores, ou que, pelo menos, jamais alguém conhecerá e sai-se do tasco? Quais as vontades que movem tal espécie de alimárias? Talvez por isso não haja mais que fazer e que ver... O povo não sabe como reagir. Não está preparado para criações dignas desse nome. Qual o mal de cantarolar músicas num concerto? Qual o mal em bater palmas e pedir encore? Qual o mal em ser feliz na vivência cultural?

Nem Raimundo, ancestral Celsibero se resignou a uma só cavalgada!! Nem Homer se resignou a uma beer label!!! Nem Onan se conformou com um só conjunto digital!!!

Neste tratado de vontades causísticas proclamo, com a devida licença:

Quem, como eu, apela ao sentido do cotão, levante-se e grite que queremos cultura e tostas mistas de presunto com erdinger preta na catedral do bom gosto cervejeiro!!! Viva o Beagle's, Viva o Bocas, Viva a Ireníade e Vivam as bordas de barro que nos refrescam!!!

Viva a caspa da Causa, verdadeira essência que nos refugia das gasolinas e dos toureiros que o inferno pariu!
Viva o orgulho de Celsibero e que as Sinagogas do mundo bem tratem todos os camaradas!!

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