11 setembro 2006

COPY PASTE DOS MEUS DESEJOS

"Non-travelers often warn the traveler of dangers, and the traveler dismisses such fears, but the presumption of hospitality is just as odd as the presumption of danger. You have to find out for yourself. Take the leap. Go as far as you can. Try staying out of touch. Become a stranger in a strange land. Acquire humility. Learn the language. Listen to what people are saying. It was as a solitary traveler that I began to discover who I was and what I stood for.
"

--Paul Theroux, Fresh Air Fiend (2000)

22 agosto 2006

O autocarro e o sexo virtual.

Vinha desde muito, faziam já 10 minutos que vinha. Ouvia o marulhar da cidade pequena, da cidade pacata, deste aglomerado sobre o monte, desta que escorre para o vale: Viseu. Não pensava. Nada me detinha. Não era. Apenas ia.
Esperei na paragem. Ele chegou calado e quase vazio: na frente do autocarro uma bela rapariga: rara, pensei, rara nos locais limítrofes, aldeã bela: imaginei-a sobre os montes, de calção curto a estender roupa, ou a virar leira à cavadela, ou a estropiar milhos jovens prontos a ser colhidos, prontos a ser tragados. Imaginei-a. Deixei o pensamento seguir, deixei a imagem alimentar-se da verdade espelhada, copiada do seu corpo encaixado naquela primeira cadeira. Procurei os trocos para pagar a viagem e pensei numa estratégia para me sentar ao seu lado. Enquanto o condutor rasgava o bilhete olhei o longo do autocarro, o fundo escuro, a irmandade vazia dos bancos intermináveis: engoli a última saliva da tarde. Segui, olhei-a mais uma vez e continuei duas filadas de assentos. Abri o jornal e continuei a ler as peripécias entre Líbano e Israel.
Mas não me interessavam as peripécias de dois países que se mutilavam: não queria saber. A volúpia, mais que o amor, torna-nos egoístas a este ponto. Queria falar com ela. Ela que se mantinha calada, quieta e imóvel... imaginei-a seminua sobre a esteira da varanda de granito, banhada em sol morno; imaginei-a caminhar num carreiro estreito entre muros médios: arrancou uma folha de videira, petiscou um cacho, humedeceu a anca num regato tímido, ecoou o tinido rebelde de uma toutinegra sedutora...
Torredeita apresentava a sua silhueta ao fundo, vi-a pela janela suja. Saí como entrei: tímido e calado.

Abdel.

20 agosto 2006

A minha preferência.

Gosto especialmente disto:

Kirkkadale said...

mas que blog mais seca...

abdel.

24 julho 2006

bravura.

guerra.

civil parcial total preventiva preemptiva
por procuração fria nuclear biológica
quimica comercial subversiva psicológica.

estilhaço estrondo armadura
ferida desmantelamento desmembrado
sozinho

sem
nada
1
coisa de nada.

eu + tu { onde tu é grupo de dois, ou pouco mais, com grito mais alto que 3 } = 0

Abdel.

19 julho 2006

Jump Day

Celsiberos de todo mundo! Uni-vos amanhã, dia 20 e às 11:39:13 (sim, exactamente a esta hora) saltem durante dois minutos.
Calma, não estou sobre efeitos de alcoóis ou psicotrópicos.
Amanhã, é o grande Jump Day. Cientistas, loucos ou não tentam, provar desta forma, digamos, supimpa, que é possível alterar a órbita da Terra e diminuir os efeitos do aquecimento global.
Um detalhe... sendo a terra redonda, que zona deve saltar mais para tirar a Terra dos "eixos"? É que se a coisa corre mal, ainda pomos isto em direcção ao Sol.
Enfim, loucura ou não, vou saltar os meus dois minutitos. Se não resultar, sempre são dois minutos de exercício.

Jump here!

EDIT

Catano! Não é que era uma farsa do camandro? Mas mesmo assim, uma bela farsa...

06 julho 2006

NINGUÉM, UMA PORRA!!!!

Não, não está errado... Do mesmo modo que aos belgas é permitida a escoliose sintáctica, também a tal nos permitiremos!

Na verdade, após longa ausência por inefável sorvedouro de jericage que tem sido a minha santa jorna, aclaram-se-me os dias na tépida vontade de renascer celsibero diário. Por isso, venho falar de BOLA. Ehehehe... O mais elementar dos corpúsculos caspóreos, leia-se futebol, tem trazido até nós a benesse da mata verde!

Têm ouvido a implacável sirene de meia em meia?
Têm respirado o belo ar beirão estival pleno de fuligem e monóxido?
Têm berrado a célebre "era queimá-los", ou melhor "era amarrá-los a um pinheiro, carai"?

Confirma-se. A agricultura e a piromania nacionais, confirmadas causas de referência para a contribuição de um Portugal mais breu, pararam, meus senhores!!! Qual o pirómano que, entre duas profundas golfadas da mini ou duas beberricadelas marteladas não pára para assistir à queda do melhor representante da histórica, diria melhor genética linhagem nacional: o Romeiro!

Pois é, entre a folia da Senhora dos Medicamentos Lamecense, ou da Senhora do Santo Alguidar da Divina Aliviação consta que este "romeiro" (leia-se com o gesto tenebroso e propiciador de um estalo na boca de dedos a fazer aspas e de ombros encolhidos) surgiu em tempos para se dar a conhecer. A resposta é célebre... Depois do que vi nesta copa, passado o lutoexpresso, compreendendo a insignificância económica de um país periférico inclinado para o mar em entorses evolutivas, sorrio, porque até a Federação Maior da Bola se tramou quando a força tuga lá foi minando a vida aos maiorzitos dos contratos milionários dos consórcios mundiais. SIM SENHOR!!!

Quero dizê-lo bem alto: Ninguém??? NINGUÉM, UMA PORRA, Ó PALHAÇOS!!!!

Mas descansem... Continuaremos a periferar na jericage genética mais umas gerações! As minis acabaram e os golos também! Chegou o desporto de Verão!!!! Mais umas décadas...

02 julho 2006

O silêncio deste vale.


O silêncio deste vale.




Este é um lugar inóspito e duro. Doloroso. Ásperos são os dias que correm sobre o veio do tempo. As escamas que balançam não são mais que escamas: serão nada mais porque não há brisa que as mova.


E sentes-te perdido. Algures entre o áspero duvidoso do estar e do ir. Que fazer? A brisa ainda não surge. Nada surge.


Calma... o silêncio tem a espessura de ramos verdes de oliveira e o comprimento de um latido, morte de cão vertido em sangue na ribanceira.

Mas alguém... os dias desaguam em desertos, nudez perpéctua, as escamas húmidas, gémea fotografia... ninguém.


Circundo as coisas, sempre as coisas são diferentes mas da brisa nada ouço. As ideias são mesmas em si e nada em mim se revela. Ninguém ainda.



O silêncio é uma rua fechada. Abro o diafragma do vento e expelindo todos os pinheiros vistos, os arrabaldes conhecidos, as mulheres amadas, os mosteiros visitados, as ervas e flores cheiradas, as borboletas cercadas, o sono tomado, o sexo desejado, os mergulhos tomados, expelindo todos em voo incerto, algo surge, sobre a brisa, não nela, mas com ela, o grito do eco, o outro.
Rubro como eu sobre o penedo, sozinho, tomo-te. Onde estás?

24 junho 2006



Caríssimos...
Quem é SADOBOTAS????
Hmmmm? Hmmmmmmm? Hmmmm?




(Reparem no impaciente Hmmmmmmm do meio. Destoa dos simples Hmmmm, não?)

22 junho 2006

PVMC ou simplesmente Puta Vida Merda Cagalhões



Questionais-vos, vós, Celsiberos aculturados pela proliferação do cd e dvd, que figura grotesca será esta acima plantada. Apesar do formato da foto aparentar ser decoração de lápide não é de um óbito que vos venho falar. Para pena de muitos.
Ora, esta panaceia visual é, nem mais nem menos, um dos maiores fenómenos cotonianos que, chegado o Verão, assombram aldeias e vilas de Norte a Sul, Este a Oeste e, quiçá, de Noroeste a Sudeste deste País. Há quem relate aparições de Nordeste a Sudoeste, mas não há provas sustentadas.
Não há escaparate de K7 de bomba de gasolina ou café de berma de estrada que não ostente orgulhosamente os últimos hits deste cançonetista que já nada tem a provar e, aparentemente, a perder.
Nel Monteiro, meus caros, atingiu o pico e o sublime com o seu último trabalho, talvez superior ao Nel Alive em França ou mesmo ao carismático Azar na Praia.
"Puta, Vida, Merda, Cagalhões". Leram bem. Assim se intitula a última, digamos, "obra" do Grande Nel. Neste, Nel desbruça-se e esmifra o caspismo nacional, largando pérolas de sabedoria intervencionista, apenas comparáveis a um qualquer Palma, Godinho ou Mário Branco. Isso mesmo. Nel traz a música pimba para um outro patamar. Cansado da obliteração e do achincalhamento a que a música pimba foi sendo votada, este ilustre não faz por menos e escavaca tudo e todos a cada quadra deste portento musical.
Questiono-me como será o clip deste novo intervencionista que, qual girino, renasce dos "cagalhões e da urina quente". Por enquanto contento-me com a audição da "obra".
Eis, pois, a poia fumegante.

19 junho 2006

WWW ou a Whos Watching What



Bem vindos a este Admirável Mundo Novo! Huxley estava lá. Muito à frente.
Amigos, o mundo cibernauta prepara-se para levar a maior cacetada que há memória. Provavelmente, é mesmo para nos acabar com a memória. Não, não me refiro a todas as medidas anti-pirataria que apregoam por aí. Refiro-me ao facto de a monopolização de conteúdos começar a ser uma realidade. Já esteve mais longe o dia em os ISP (Internet Service Provider) poderão controlar e impedir o cibernauta de navegar por onde bem lhe apetecer.
Poderá esta porta aberta para o mundo ir soçobrando aos interesses dos grandes grupos de comunicações, transformando-se cada vez vez mais num minúsculo postigo? Pois poderá. A World Wide Web prepara~se para ser a Whos Watching What. A História já nos ensinou que quando o acesso ao conhecimento põe em causa políticas, políticos, tomadas de decisão, que assegura que as liberdades são respeitadas e os deveres cumpridos, ou seja, que as vozes esclarecidas se fazem ouvir, surge sempre um tirano para as abafar. E este tirano não tem rosto. Pelo menos UM rosto. Tem vários. E poderosos.
Se, como é hábito do cibernauta, esperarmos que alguém resolva as coisas, em breve o SOMA começará a fazer efeito.
Dêem uma cheirada aqui e também acolá.
Os vídeos no primeiro link são esclarecedores e, fora de paranóias, assustadores.

Já tardava o surgir da caneta azul... Sempre achei que a BIC tinha algo a ver com os destinos do mundo...

10 junho 2006

de volta.


O pictorico e o linear aninhavam-se na ardosia fluida. O lodo era uma crosta que titubiava ao luar, sobre a brisa de primavera ardente que absorve e amadurece as subtilezas de caganitos perdidos no rego.
O girino – mergulhando -, salfure-se na inevitabilidade, absorve os odores e as antiteses. Chegou à cova onde o segredo se escondia, coberto de limos temporais como travestis repousados no gume amolecido entre a morte ou estupidez.
O girino repete itinerários. O rego reflete a sua sexualidade, vertida entre os cagalhões e a urina quente. O girino mergulha… os seu apendices parecem apetites sobre o peso da noite. Cresce. O girino é rã.
Entre o nojo ele cresce.
Eu.

08 junho 2006

A goela




Apenas para registar o feliz encontro de dois celsiberos com um ilustre viseense, de nome esbatido pela nebulosa memória do momento. Ilustre porquê? O senhor de alva indumentária é nada mais nada menos que o recordista mundial (está registado algures na web, endereço também nebuloso) do emborcamento de imperiais. Qual Copperfield a soldo da Unicer, este mago da goela faz desaparecer 3 tubos em menos de 10 segundos!
É do cacete...

(Nota: as máscaras a negro são apenas para salvaguardar o anonimato dos celsiberos presentes, ou seja, os tipos à direita e esquerda, os quais, segundo minuciosa peritagem recolhida à porta do Lafões, podem muito bem ser os tipos à esquerda e à direita. É um ponto de vista.)

Marli

E quando o mundo parecia fazer sentido eis que surge Marli para derrubar todas as verdades insofismáveis (sempre quis escrever isto, fizesse ou não sentido).
Pois bem, se quando falamos de sensações auditivas capazes de fazer crescer pêlo no mais acirrado caso de alopecia, colocamos Sônia Rocha num inalcansável patamar cotoniano sonoro, onde situar, então, Marli? Esta nova vedeta do cançonetismo Blew Age balança na linha que traça o paralelismo do som contemporáneo (por mais que toque ou cante nunca se encontra). Da junção de uma serra mecânica vocal com um orgão Casio a entoar as mais belas melodias Midi, Marli do improvável faz a sua caipirinha e torna-se inclassificável no tocante à produção sonora.
Os seus vídeos são tocantes. Como ferro em brasa atrás da orelha. Do vodu ao estilo Mason (não o Marylin, mas o Charles), passando por ondas psicadélicas non-sense e repentismos handycam, Marli devassa o establishment e destrói por completo tudo o que a indústria ditou até então.
Mas nem tudo é cinza. Há umas partes a cor. No vídeo.
Ora... visionai, celsiberos, visionai!



05 junho 2006

Shit Spam

Feofil Allbritton
Tobiah Bertsch
Jonatan Brost
Murdo Venturini
Noreen Dow
Kerry Sanchez
Jarrod Andrepont
Nuo Monnier
Polydeukes Collazo
Kate Cinnamon
Octavio Collier
Markku Dominick
Xyleena Chaires
Flossie Severe
Austin Hobbs
Quentin Cramer
Annette Watkins
Ionela Prichard
Evander Wilkenson
Nestore Wille
Gerrard Coverdale
Odalis Ostrow
Epaphras Sherrod
Rudolph Weber
Katina Estes
Whitehead Josef
Lawrence Ragland
Rossella Nesby
Arthur Green
Shealtiel Badeaux
Patty Kurtz
Mohammed Temple
Ragnheith Goewey
Trix Vito
Faith Rose
Benita Fernandez
Grusha Silverman
Efisio Vickrey

São apenas nomes. Mas não apenas "nomes". São OS "nomes". Aqueles. Os tais. Esses mesmos.
É verdade... De volta ao mavioso mundo do spam! Confesso. Fui precipitado e qual crucifiquei todo o spam. Mas nem todos são vis e infames como as senhoras de nomes dignos de um filme porno de série B (sim, as mesmas que invadem a paz e decência, [sim, DECÊNCIA] das minhas emails boxes e atentam contra a minha virilidade, aconselhando a utilização do prostático SPUR-M).
A lista poderia ser uma qualquer lista de desaparecidos em combate ou vítimas de rapto.
Infelizmente não é. São apenas alguns dos nomes da recentemente criada Lista de Shitler...
Hmmm...
Eu explico. Esta é somente a lista de alguns dos mais honestos indíviduos que até hoje acossaram o meu espaço emailiano virtual com o seu spam. E não se pense que é um spam qualquer. É um digno shit spam e, como tal, cheira a megas de distância o potencial produto de venda.
É verdade meus caros Celsiberos... Surge uma nova cruzada de tipos que assumem com frontalidade o que querem. Ou, neste caso, com traseiralidade. E não é a santa taça que tentam impingir. É até numa "taça" que ususalmente se produz o que prometem ao incauto cibernauta. Estes senhores assumem que querem vender nada mais nada menos que MERDA. Isso mesmo, M-E-R-D-A.
Pela brutal e odorífica demonstração de honestidade, o meu sincero bem-haja.


Hi,
S O m &
C i A L / S
V A L / u M
P R O z & C

M e R / D / A

X & n a x
A m B / E N
L e V / T R A
A m o x / c i I l / n
V / a G R A
T r & m a d o I

23 maio 2006

Calvário


Assim mesmo se define o festival da Eurovisão... Também é nome do senhor de aspecto cerúleo cujo primeiro nome difere do segundo por se chamar António e não José. Que por sinal também encantou na Eurovisão. E (nunca julguei vir a escrever estas palavras) que saudades tenho dessa carcaça!
Desde tempos imemoriais que somos assolados por estas invasões bárbaras mas nunca como esta última. Recordo a tons sépia o massacre anual a que eramos submetidos. O tema de abertura ainda hoje me provoca calafrios. Por vezes diarreia e alguns espasmos. Espumei uma vez, mas pouco.
Onde estão as letras funestas da eterna Rosa Lobato Faria? As composições fúnebres do maestro Carlos Wallenstein? Sem este dynamic-duo do cançonestismo luso sentimo-nos desamparados, incompletos...
Por Baco. Os Lordi são figurantes do Lord of the Rings. Só pode. As Nonstop do Cagney and Lacey. Ou talvez uma caixa humana de SPUR-M. O Lord Vader aparece não sei por que motivo. Quer a caixa de SPUR-M. O moço precisa por causa da fronha, apesar da voz sexy do Earl Jones. Conan O´Brien foi logo para a Finlandia para falar com os Lordi e, claro, com a Tarja, a presidente e sua sósia. Os Lordi deram uma de lordes e julgaram que a tarja era de apoio e ofereceram-na a Conan que por sua vez fez uma noitada nonstop com a tarja ao pescoço, bebendo Sagres Choppe quente e gritando que era uma coisa de nada... Depois atirei com o drunfo na sentina e voltei a mim. Estava a dançar na horizontal com uma peúga enquanto uma bota amuava diagonalmente a um canto. Esfreguei os olhos. Devo estar louco. Não era uma bota, mas uma chanata. Coisas de nada comparado com a fortuna que custou ao erário mandar as tristes alegrar o resto do planeta... Somos uns altruístas do catano.
Em suma, as Nonstop fizeram jus ao nome e não pararam de enterrar o País a cada televoto. "Coisas de Nada" era o tema. Bem escanhoado o título, sim senhor. Apesar de Coisa de Nada soar melhor e ser mais condizente com a brilhante participação.
Dos Lordi assinalo que o tema Hallelluija fez todo o sentido no final da performance. Parabéns... sempre que quiserem visitar o nosso País, o Zoo oferece a estadia.
Simone... Paulo de Carvalho... Calvário... e tantos outros... Unam-se e voltem (ou revoltem-se)! O País eurovisionista precisa de vocês. Ou então não. Fiquem aí... quietinhos. Isso.

Ora apreciem caros Celsiberos:

As ninas

Os ninos

Depois de visionar tais preciosidades estou por tudo. Acho que vou ali à Ferrão comprar um vinil do José Cid e ouvi-lo até sentir palpitações.

20 maio 2006

... e mais ...

digo:
Que dizer?

Caros Celciberos, sou eu.

Há alturas que a caspa acumula e da franja hirta apenas titubeamos [corpos,
Alvos de cabelos longos, pubis recheadas de estórias reprimidas.
Onde me encontro apenas a minha máscara desvenda
aves
cais
colorfull sunset behind.
Pendulando sobre os lençois suados,
O icone madressilva toma o sono de textura fina.
Humedeço.

PS: desculpem Celciberos Honrados. Nunca mais: termino hoje as minhas punhetas, estes gritos orgásmicos.

17 maio 2006

Onanismo

Este senhor deve tomar SPUR-M! Ou Thai.
A senhora foi grande. O senhor também foi grande. Só não sei o quê...




Já agora, não há por aí uma Joyce que satisfaça este desperado?

15 maio 2006

Distopia.

?:?h.
Sono.
Aventura?
Sonho.
Luz bate as encarpeladas chibatas em olhos doridos.
Cianos, cinzentos ou cianetos espremidos
Em lóbulos sexuais amarelados. Sexos
Tangerinais lambidos entre incestos,
Limões tomo, gaz sobre os sustenidos.

?:?+2h.
.

09 maio 2006

Sex Spam

Este post pode ferir sensibilidades. Ou criar problemas de visão. Particularmente a quem utiliza lentes fotogrey sem filtro UV.
De todos os email spam relacionados com "enlarge your penis" ou "increase your sex performance", que inundam as minhas email boxes este é provavelmente o mais cool de todos. Já não basta às senhoras, com nomes dignos de figurar no genérico de um qualquer filme porno de série B, tais como Lara Murillo, Annette Watkins ou Ros Blessing proporem uma rock hard erection que dure horas como steel. Não, agora as senhoras também querem que produza good amount of sperm como um autêntico porn star ou uma vaca da Lacticoop. Um aumento de 500% do sperm volume!!!! Meu Deus... 500%!!! Mas estão loucas?!?! 500%!?!?! Agora, para além de presentear a sua companhia, também pode passar a oferecer à vizinhança o excedente. Por certo que lhe vão agradecer calorosamente tal nobre gesto. Deve ajudar a emagrecer também. Bastante.
O orgasm parece ser brutal. Três vezes longer. Para além de seco, fica-se quase morto. Mas com um sorriso na cara.
O nome do produto é igualmente sonante e carismático: SPUR-M. Fica no ouvido. Em alguns casos, na meia ou mesmo no lençol. Há quem ache que faça bem à pele. E algumas se pelem por um good sperm.
Last but not least, quero é que estas senhoras se fuckem e deixem as minhas caixas de correio limpas.

-Icrease Your Sexual Desire and Sperm volume by 500%
-Longer orgasms - The longest most intense orgasms of your life
-Rock hard erections - Erections like steel
-Ejaculate like a porn star - Stronger ejaculation
-Multiple orgasms - Cum again and again
-SPUR-M is The Newest and The Safest Way of Pharmacy
-100% Natural and No Side Effects - in contrast to well-known brands.
-Experience three times longer orgasms
-World Wide shipping within 24 hours

08 maio 2006

A moedinha

Jub jub, caros Celsiberos. Após uma certa abstinência postiana devida a compromissos estabelecidos com reconhecidas marcas de cerveja e tremoço, fui subitamente acometido (termo com cariz sexual dúbio) por uma pungente necessidade de atacar um qualquer assunto mundano ou mesmo um crítico de arte. Ambas válidas opções, apesar de continuar a achar que usar cera no bigode está em desuso e que me esqueci onde pus o pente.
Adiante. Na busca lancinante que empreendi vi-me em locais recôndidos como o profícuo albergue de cerume de ouvido ressequido que é a alongada unha mindinha, viajei na meteórica catota "embolada" no trânsito citadino e perscutei o covil rectal onde a lantra se acumula por laxativa retenção anal. Desta enriquecedora viagem trouxe por lembrança uma mão cheia do nada que tanto nos preenche o vazio dos dias... Também um vison que não uso porque não combina com as minhas polainas...
Debruço-me então hoje sobre a catártica modalidade desportiva que podemos encontrar num qualquer tasco perto de nós... o jogo da moedinha.
Forças poderosas parecem emanar deste rito obscuro. Por vezes, alguns cheiros sulfatados ou mesmo sovaco de um anão de jardim. Hmmmm.
Por certo haverá campeonatos paralelos ao Campeonato do Mundo de Petanca, comentados ao melhor estilo por um qualquer Gabriel Alves de esquina. "Josevaldo Silva, 56 anos, três filhos emigrados na Suiça, cabelo grisalho bem aparado, lente fotogrey, mão calejada, em suma, um portento, único no estilo agressivo como joga!" Também imagino mulheres com seios abastados... mas é outra história. Os debates pós jogada surgem em catervas do mais fino recorte, como "Então vens de duas e pedes seis? Cum camandro, não sabes nada da poda! Se vens assim, pedes lonas, pá!" ou "Ora, se tens três e ele vem com uma eu digo quatro". E por aí atalham, num desfiar das mais espantosas teorias matemáticas, algumas delas conspirativas, se está tudo unido para tramar alguém, alguém que se tramou para unir tudo ou mesmo se o tramado é alguém do mesmo sexo se une de facto. A minha humilde opinião técnico-táctica sobre esta linda actividade, de calibre sensorial semelhante a um pós operatório, é que apenas serve para justificar um ou outro vaso de néctares fermentados. Daí concluir que é menos moroso e penoso para a assistência e participantes que se urre logo pela substância e se usem as moedas de jogo para esse honroso e digno fim...

O ícone de uma geração

Hoje falo-vos de um ícone que define a geração mais grisalha de Celsiberos que se arrasta pelas vias pedonais e seus albergues transitórios. Também de sexo. E como preencher o modelo 3.
Pelos bancos de jardim, balcões de instituições sociais, tascas e arrabaldes, por feiras semanais e à condução de "papa-reformas" podemos vislumbrar um espécime que, cedo ou tarde, estará condenado a desaparecer pela ditadura ocular "fashion" que nos reduz à chamada "diversidade dos iguais". Eu prefiro mesmo chamar esta rebanhada de "contraplacado social". Ou então dançar um pas-de-deux com um cabide ao som de orgão tubular.
Forçados a sermos cada vez mais iguais uns aos outros, estes espécimes em extinção são do mais puro sangue Celsibero. Mantém-se apegados a valores morais que não lhes permitem o abandono do ícone. É vê-los diariamente a ostentar orgulhosamente esta quase peça de relicário. Amigos, são eles a força que bomba o sangue que corre nas veias dos filhos desta tribo celsibera.
Quando estiver em presença de um tal espécime, pare um pouco e reflita. Pode mesmo fazer o pino ou preencher o modelo 3 em cirílico. Tocar oboé não está fora de questão.
Enquanto isso, lembre-se: urge mantê-los, acarinhá-los e mesmo alimentá-los... Cortar-lhes o cabelo uma vez por outra não é de menosprezar ou mesmo uma polidela no sapato.
Mas... que ícone ostensório é este? Que coisa é esta que define o Homem com C maiúsculo? Meus caros... falo apenas na inominável, mas ao mesmo tempo e dependendo (mesmo) de uma certa luz, carismática lente fotogrey e seu grisalho portador...

07 maio 2006

Coisa: Profundidade do Ser.

Outra Coisa trago a esta Mesa Celsibera.
Porque, e aclamo que me sigam, grito por ora, tomo a meta então: esta é a Ómega Mesa Celsibera.

A Coisa é a "profundidade". A profundidade maritima de cada um de nós. Digo (pelo verbo tomado de ilustres outros): o "Eu" não controla. Isto foi, então, fertilizado nas deveras profundezas das altas coisas.
Vou falar da nossa humilhação.
O Trio: Copernico, Darwin e Freud.
Copernico atribuiu ao homem a sua primeira «humilhação»: a espacial (permitam-me o niilismo).
Darwin atribuiu ao homem a sua segunda humilhação, a biológica: retirou-nos do pedestal divino, chamou-nos animais. Admitiu-nos, sim, racionais, mas animais-racionais.
A terceira é a psicológica: os olhos claros da consciencia, a navegação de livre vontade não são mais que belas ilusões.
Copérnico colocou o Homem na profundeza do vácuo. Retirou-lhe o capital assento, o pico da pirãmide. Darwin retirou-nos das aéreas posturas, colocou-nos nas profundezas da História.
A História (ou estória?) conta que fomos nasciturnos entre as águas mornas do tempo. Das efevercências temporais, aquelas bolhas místicas que exalavam do cerne terreno, do magma incandescente que era ao mesmo tempo Pai e Mãe, células dividiam-se, abraçavam-se em microcorpos esperançosos (diria que aquela foi então a época mais optimista da nossa História) e deles Homens foram acabados. Então a nossa existência resume-se a profundezas: míticas e misticas. A tartaruga dos Galápagos vivia na profundidade do conhecimento; veio à superficie: explodiu.
Deixem a água fluir, permitam-se ao mergulho,
desçam desçam desçam desçam desçam desçam
desç
des
d
.

Bela Coisa a profundidade, Caros Celsiberos.

06 maio 2006

Coisa e o Nada: irmandades.

Estou nesta mesa várzea.
Estou.
Ouço o titubear intermitente. As Coisas da terra, virginais, caem sobre o Nada. Em volta do Nada paredes se elevam, digo melhor, fronteiras pálidas crescem e o Nada torna-se Coisa, envolta por tudo que é Coisa-Coisa.
Ora: digo: o Nada é a Coisa-Nada.
Em volta floresce a Coisa-Coisa.
A para-Coisa é a probabilidade.

Daqui parto: sou o "Vigilante da Cancela" que sentindo o tran-tran fluir corta um férreo rio permitindo outro leito correr. Quero ser o Vigilante. A cancela, essa, surge húmida entre
as palavras,
as ideias,
as imagens,
os sentidos,
os paladares,
os olhares,
os,
as,
o,
a,
1,
0,
-1,
...
Sou o vigilante.
Quero rimar.
Quero soltar.

Celsiberos: as virgens coisas, esses estalidos calados, no silencio são ensurdecedores.
O beijo na cancela.

Abdel Sesar Im

82 balas e um bacamarte.

As Coisas são assim: cerejas terrestres que nos levam às x do dia a dia, sem loucura mas com desaforo... porque este General.. ora vamos lá... quem e que raio.. lamechices.. tou.. olhem lá:
Das balas disparadas, outras guerras a julgaram.
Ouve a feliz guerra das 117: esta foi a guerra das 82.
82, senhores!
82!
Naquela, o Zeca, discipulo longo, esse que dorme sobre a espuma da pólvora: ele presenciou aquela. O campo de batalha agostiniensse viu arrasados os guerreiros. Esse terreiro dos paços Celciberos, acolhe os querreiros em estágios longos.
Esta presenciei eu, tu, ora: nós.
Esta foi a guerra das 82 balas lançadas, pares de um bacamarte de Santar: ex-libris da armada.


Ainda tenho o cogumelo enterrado. Vejamos. Sachola em riste. Eu venho já.

04 maio 2006

Glossários essenciais: o folhetim avança!

Ora pois, vamos lá...

Da força das verdades exaltaram-se as almas! Os heróis de outrora mitificaram-se na genuinidade de vias sacras ardentes de devoção. Na verdade, os Celsiberos perduraram nos tempos, legitimados pela acção de grandes heróis que lutaram lado a lado pela sobrevivência de hábitos e de costumes.

Serão de lembrar os feitos pertinazes de tantas alvoradas em busca de mantimentos para os elementos mais fragilizados da tribo, serenados apenas pela chefia mítica de almocreves como Zé das Merendas ou Serafim, Nis desta terra que, longe da serenidade de pastagens tranquilas, se depararam sempre com hostes celsiberas sedentas pelos combates travados contra sagrinianos, lawnsianos ou mesmo jamesianos.

Na verdade, estes portos de abrigo desde cedo conheceram a dedicação deste olímpico povo que, dia após dia, insistia no combate. Ainda hoje se vão encontrando feitos de manifesta bravura...

Contam as crónicas mais recentes que aventuras gigantescas se passaram no castelo das Torres do Eita, onde, nem a força, nem o preço das munições impediram estes indígenas do mundo de insistentemente avançar contra quilolitros de desafios hercúleos. A mais recente das caminhadas calváricas é bem disso prova, não fosse o avançar da hora e o enevoado dos olhares turvados pelo esforço da batalha e ainda agora continuariam em combate cerrado, não olhando a feridas ou a contrariedades funestas.

Ao grande general Abdel só poderá soar a trombeta dos alados agradecimentos pela forma como liderou a cavalaria nessa matança tresloucada que marcará para sempre todos os celsiberos sobreviventes. Aos feridos resta uma humilde vénia pelos passos trémulos que, ainda assim, deram exemplo de esforçado valor!

Possa esta crónica ser um registo singelo de tão memorável episódio.

02 maio 2006

O Thai... combustivel das Coisas.


Eles são dias que o ânimo nos move, outros serão que outra coisa nos moverá. Eu falo das coisas. Coisas. Caspas ou cotões. Este Thai move quem? "Ui", resposta rurgirá.
Parece-me sermos todos Celciberos. Pela idade, pela postura, pelas ideias, pelos amigos, pelos todos nós temos - ou são pêlos? -, por nós.
Entro no forum das coisas e penso se... o Cogumelo.

Amanhã volto com a raiz: desenterro-a portanto.

09 abril 2006

O 14º

Ora boas.
Visto não postar nada há uma catraifada de tempo, aqui vai uma contribuição sempre rica de conteúdo e sabedoria.
Não que seja supersticioso, mas estava a fazer-me espécie o facto deste blogue estar com 13 posts há uns dias... Então, num assomo de pujança literária e virilidade neurónica, decidi acrescentar este 14º post à cautela, não fosse o Diabo tecê-las.
Hmmm... Pois.
Ora cá está um post lindo e de utilidade brutal.
Sempre vosso.
Saudações célsicas.

06 abril 2006

O outro lado do cotão!

De umbigos cotonescos foi plasmada a nova força que o mundo contém! Da inexpressiva face cibernética nasceu a liberdade da contestação racional. O mundo dos piratas é alimentado pelas gravatas e a verdade vai ganhando novas formas. Não percam este manifesto, celsiberos amigos, e ponderem também, em reflexão conjunta, a força da caspa cultural e a sua importância nos dias que correm.

Se o Admirável Mundo Novo já anda aqui, nem todos querem ser Alfas. Cada um no seu lugar e prestem atenção ao seguinte link:

http://clientes.netvisao.pt/pintosaa/Manifesto.htm

A pirataria autolegitimar-se-á ou o mundo será do verde dolarengo?

03 abril 2006

Glossários essenciais

Penso que será altura de esclarecer alguns aspectos da história que aqui nos une.

Em tempos remotos, na espuma dos dias ou no café com leite das alvoradas surgiu uma célebre tribo que marcaria para sempre a derradeira esperança dos povos: os Celsiberos. O celsibero é de força indomável de hábitos, tradicionalmente capaz de feitos inimagináveis: tão depressa navega mares infinitos em busca do melhor tremoço, pondo em risco a própria vida, como se espraia suavemente sob o sol mais tórrido apenas na ânsia de verificar a salubridade de uma qualquer essência báquica!!! Inacreditável é também a sua espantosa argúcia, discorrendo sobre a mais apurada caspa durante incessantes dias ou mesmo semanas. Tudo isto eram os Celsiberos originais, um grupo pequeno de guerreiros sobre os quais muito se contará ainda!!

Não percam o próximo folhetim desta apaixonante epopeia!!!

A existência deliberada ou a tosta de presunto

A força das causas só é visível no confronto das evidências. Com efeito, mais um fim de semana passado e mais uma brutal riqueza de passagens bíblicas evidentemente apocalípticas na sua acepção de revelação. Se não, atenda-se à brutalidade do concerto decorrido na passada sexta-feira no Litradas na bela terra não de Viriato mas dos Viriatos com o belo do côco. Música intensa dos Fado Morse e os descausados da vida sentem-se mal e ausentam-se. Entram, vêem que são músicos a sério e fogem!!!

Que se passa? Não é um qualquer DJ que passa músicas sem autores, ou que, pelo menos, jamais alguém conhecerá e sai-se do tasco? Quais as vontades que movem tal espécie de alimárias? Talvez por isso não haja mais que fazer e que ver... O povo não sabe como reagir. Não está preparado para criações dignas desse nome. Qual o mal de cantarolar músicas num concerto? Qual o mal em bater palmas e pedir encore? Qual o mal em ser feliz na vivência cultural?

Nem Raimundo, ancestral Celsibero se resignou a uma só cavalgada!! Nem Homer se resignou a uma beer label!!! Nem Onan se conformou com um só conjunto digital!!!

Neste tratado de vontades causísticas proclamo, com a devida licença:

Quem, como eu, apela ao sentido do cotão, levante-se e grite que queremos cultura e tostas mistas de presunto com erdinger preta na catedral do bom gosto cervejeiro!!! Viva o Beagle's, Viva o Bocas, Viva a Ireníade e Vivam as bordas de barro que nos refrescam!!!

Viva a caspa da Causa, verdadeira essência que nos refugia das gasolinas e dos toureiros que o inferno pariu!
Viva o orgulho de Celsibero e que as Sinagogas do mundo bem tratem todos os camaradas!!

18 março 2006

A minha caixa de cotão I

Em maré acirradamente cotonesca, mais uma bola para o monte...
Clássico dos clássicos, talvez apenas igualado pela pasta medicinal Couto, o Restaurador Olex é a caspa das caspas, o cotão dos dias!
O assombro tomou conta de mim, meus caros celsiberos...
Vou ali ao Videira dar um toque às pontas e, quiçá, fazer uma mise. Volto já. É mais forte do que eu...


17 março 2006

Se há momentos...

...de puro cotão e caspa* este é um deles. Já era habitual nas minhas trips hertzianas enrugar as faces pelo riso com o Late Night Show do Conan O´Brien. Mas o que me prendeu definitivamente como lapa ao calhau a este talk-show, foi o surgir da rubrica Alavanca Walker. Claro que o facto de O´Brien e a Presidente da Finlândia, Tarja Halonen, serem uma e a mesma pessoa também. Quem conhece o programa, sabe que é talvez o espaço televisivo onde se explora de forma mais louca e supimpa esse filão existente no piso térreo do hotel cama. Uma das pepitas dessa mina é, como referi, a Alavanca Walker. Em que consiste? Ao longo do programa, O´Brien, com a mestria de títere que se lhe reconhece, accionava a alavanca e um clip de Walker surgia, para gaúdio de quem assistia. Momentos únicos... se havia um Deus, ali estava a prova... usava chapéu de cowboy e respondia pelo nome Chuck. Só mesmo neste show é que podiam recuperar um clássico caspiano, de seu nome Walker, o Ranger do Texas, com o enorme (maior que a vida dirá vidalinic) Chuck Norris e transformar esta inominável série em algo com a sua piada. A série chegou a ser (re)transmitida num canal português e há legiões de fãs que apreciam as aventuras de Walker e do seu acólito Trivette.
Por mais que tente permanecer sério com um episódio é impossível. Desde a Alavanca que nunca mais fui capaz de ouvir o tema de abertura de WoRT sem me desfazer em intestinas gargalhadas. Apreciemos...








*alimento da preferência do monstro que habita o underground deste catre bloguiano

Maçãs



Sendo eu utilizador de "maçãs", não posso deixar de dar uma cacetada na MS cada vez que posso. Encarem esta atitude como se de futebol se tratasse, mas noutra dimensão. A inversa. Que por mero acaso é contrária à oposta...

16 março 2006

Ela é grande...

... e até, dependendo da sombra combinada com uma certa distância, uma bela mulher...
Ora, ouçamos com atenção

p.s. retirei o link, não fosse ameaçado por uso indevido do trabalho da cançonetista... é que um processo nesta altura deixava-me também sem as botas e tenho as prestações
de um maço de tabaco para pagar...

Conversa Célsica II

Noite... tempo moderado, humidade relativa, relvado óptimo para a prática do futebol diriam alguns...

(crítico de arte com cabelo catita)
- Um amigo meu disse que é fácil, muito fácil, roubar os Picassos do Grão Vasco!
(um celsibero) - Eheheheheh... Grão Vasco? Picassos? Eheheheh (Nem consegue uma frase completa, tal o assombro)
(crítico de arte com cabelo catita) - Sim, poucos sabem disto, mas eu sou crítico e já vi... ahn... eu...
(um celsibero) - Ahn?!? O Jornal das Beiras já tem crítica de arte?!?
(outro celsibero) - Diz a noite que é pela janelo do 3º andar que se sai com os Picassos... É a melhor janela, de preferência se estivermos com pressa...
(um celsibero artista) - Mas você ´tá parvo?!?
(crítico de arte com cabelo catita) - Sim, tem... Picasso é bom... muito bom... mas não vamos beber aí um copo a uma casa de alterne?
(um celsibero) - Eheheheh... mas...
(outro celsibero) - Eheheheh... o que é isto?
(um celsibero) - Eheheheh... sei lá!
(outro celsibero) - Eheheheh.... pois... diga lá, caro crítico... o que é um lápis 2B?
(crítico de arte com cabelo catita) - 2B? Lápis? O que é isso?
(celsiberos) - Coro de risos (a roçar o perfeito, a três vozes, com alguns solos pelo meio)

Desde essa noite que só consigo adormecer se alguém me segurar na mão e entoar uma qualquer música de
Richard Clayderman...

15 março 2006

Os Picassos do Mestre Vasco

Nos caminhos da força maior mediam-se as jardas em palitos e era então o mundo um lugar sereno e aconchegante. Sônia Rocha cantava, o Padre Borga iluminava as manhãs de um povo sereno e feliz. Assim iam os dias das tribos várias que pululavam irrequietas... Até que o horror, o pânico, o vigor intestinal desajustado chegou até nós em torrentes medonhíssimas.

Estimados co-tribantes, a mais recente descoberta em forças do além que surrealizam a verdade profunda já aconteceu. Personagem jamais parido pela noite dos belos serões, aproxima-se de jovens celsiberos com a tenaz sugestão de ir roubar os Picassos ao Grão Vasco!

- Os Picassos do Vasco?!! - urrámos, horrorizados. Sentiu-se o travo biliar da gestação de mais um dia de cefaleia.

Como ousaria alguém tocar tão impunemente na memória do velho mestre! Com efeito, a denominação para tal elemento da força humana não poderia nunca ser picasso, dados os arrepios obtusos e angulares que teríamos de entender para tão venerando senhor. Em boa verdade, teremos de entender os tais "picassos", quando muito, como mirós ou tanguis pelo arredondar da forma e pelo vigor do traço. A ofensa tem limites, caro senhor. Não se fere desta forma o vigor histórico de toda a tradição de genealogia também ela celsibera, ou, quando muito, aparentada pela proximidade geográfica, ou não, mas enfim, com a licença de Vossas Mercês, porra!

Não desejando alongar-me na letra, restar-me-ia um encómio
a tal douta personagem que provável e desafortunadamente voltaremos a encontrar, ou coisa que o valha, não pretendendendo nunca fugir para o insulto ou para a calúnia:
Vá V.Exa delicadamente degustar os representantes do cubismo a um boi-cavalo.

Ah e já agora, sabe V.Exa o que é um lápis 2B?

Sempre celsibericamente vosso.

12 março 2006

Descobertabismal

Dei comigo em convulsão pelo espanto do fascínio: a lantra!
Mais elevada que a vida, mais profunda que o jarro de tinto, a lantra ganhou personalidade. Realidade desconhecida, jamais pensada ou verbalizada por este vosso companheiro de jericage, nunca meretriz ou fiel companheira, mas a sua personalidade mais que jurídica derrubou-me das certezas e seguranças de um universo lógico. Facto é que o intangível ganha corpo e, mais do que a catota, o cotão ganha nova força.

Meus senhores! A lantra de Frajustre como máquina do mundo! O pito dissipa-se no desinteresse total.

As vossas dúvidas serão o meu impulso; mais esclarecimentos de força precoce no próximo número.

07 março 2006

Conversa Célsica

Sinagoga, fim de tarde, início de noite...

- Shor Celso...
(Pausa)
- Shor Celso, desculpe lá...
(Pausa longa)
- Shor Celso... não queria interromper a sua conversa, mas...
(Pausa maçadoramente longa)
- Shor Celso, faz favor, era uma... (Shor Celso olha para a mesa, ameaça um movimento mas permanece sentado a conversar)
- Hmmm... Desculpe... Shor Celso!

Continua
ou não

E os Celsiberos?

Já alguém ouviu falar nos Celsiberos? Ah pois é! Stay tuned...

Limpar o dente com fio dental...

.... ou com um truce tipo speedo? Eis a questão que se levanta neste primeiro e, quiçá, único post. Ou não. Poderá tudo descambar em discussões profundíssimas, tais como os efeitos do teor de sal do tremoço do Celso, na quantidade de caspa anual dos apanhadores de cotão da Birmânia. Aqui tudo é relativo e paralelo ou mesmo oblíquo. Às vezes até perpendicular... Acima de tudo confio na intuição da minha diagonal vizinha Conceição do Carrapito, que afirma à boca cheia que os "camunistas" andam aí e devemos todos "botar" no "bola ao centro". Depreendo que ela quer dizer que os truces são melhores para limpar o tártaro, mas péssimos para o hálito... Mas isto sou eu.