28 fevereiro 2007

UM MERO ACASO?




Efectuando uma pesquisa no google com o termo todonuesodebotas aparecem 5 resultados. Os dois primeiros são relativos a posts do blogue, nada de surpreendente até aí. Aparece no destakes (!), site que como o o nome indica, destaca algo que se procure, mesmo a coisa mais inútil que se imagine, como este blogue.
Mas os resultados seguintes são no minímo inquietantes. Aparecem ordenados por um mero acaso ou é algo previsto, direi mesmo, intencional, qual desígnio divino? Einstein preconizava um Universo onde tudo é relativo, mas nada é casual. Daí sempre me ter perguntado do porquê das festas formais. E onde deixei o meu pente das sobrancelhas. Adiante. A Teoria da Relatividade expõe-se, assim de forma brutal e simples. Como um exibicionista, mas sem gabardine. Uma notícia sobre Assédio Em Directo (por certo recordam aquele famigerado telefonema onanístico para a Sic Notícias) e logo a seguir o profile do Abdel! Demasiada coincidência, ou será que não? Estão a fazer a ligação? Um mais um, e tal e coiso, E=MC2? Eu estou.

CALORES



Alguém me explica o que de comum há entre termómetro e vibrações?

27 fevereiro 2007

Carta a um amigo.


E acontece que um homem normal
foi tomado por uma nuvem adversa.
Que fazer?
Abrir o guarda-chuva.



Querido Todonu:

Nestes últimos ando repassado de tumultos. Talvez esta epístola não seja a melhor granja para florir os meus privados, mas se a eles me permito creia que o faço porque em vós confio. Pois, é a vós, amigo, sábio e raro, que confio esta epístola em lacrimosa. Pois foi em lágrimas que me vi em pastel, desenhado, e desconhecido; não me reconheci no esboço que me fizestes. Que Gryllus me surge em olhos, que Circe fora? Porque o espelhado que surge é-me aos olhos hediondo.
Ora, sentia que algo andava no ar; que algo meu não passava do grafismo para a sobriedade da imagem; era a graça na austeridade.
Porque não fui traçado por linhas coloridas? Porque não fui traçado por formas esbeltas? Porque não fui traçado por superficies singelas?
Na verdade, pondo-me na pele do artista, reconheço as variações infinitas. E de resto digo: cada um pode distrair-se como bem entende, mas com o sono dos outros? Mas injusto seria privar o homem das belas artes. E quem por elas passa pode muito bem tirar proveito, e talvez sorrir, senão gargalhar. Mas, alguém rira sobre o meu retrato? Deus queira que não, ou morra já aqui.

Creia o meu amigo que me criticou de forma deveras mordaz. Depois de a desenhar, soube - veja, confio no vosso estudo e alcance de deambulações - que a outros coube o direito de a julgar. Pois bem: a fórmula segue a naturalidade: se no principio estava a pena que o desenhava, se então entremeava... vou comer um pão a palavra ultima roeu em mim um desejo de centeio com fêvera por isso pergunto se deva ou não maionesar a dita ou se a coma fresca e simples directa da grelha não interessa como-a assim mesmo já vim... a ideia, e a ideia é o artista, no fim então estará o desenhado. O seu rosto expele uma linguagem, e algumas são negros palavrões. O que me riscas, diria eu, será uma sátira?

A razão por que revesti esta epístola em tão fidalgo estilo é o jeito proverbial: " Se ninguém te louva, louva-te a ti próprio". Pois bem, revelei-me segundo o rosto e o olhar. As variações: truncadas e mal avaliadas algumas. Deixo de lado as metamorfoses sociais dos sorrisos. E como em Nestor, ora, como em mim, o tempo altera mudanças feitas e engrena outras que tais. Nesta pena estou congelado. Vê-de! Congelaste-me o rosto? Olha-me agora.
Não me importo que a Circe me ronde. Mas, e já Erasmo dizia, criticar será morder ou alertar os homens? Pois bem, que me alertas, ó artista? Demais, agora que penso, sou eu quem faz o alerta, e meu amigo me perdoará: vós tendes um traço por demais nefasto; como desenhador vales peva.


Do seu querido e sempre amigo,

Abdel.

25 fevereiro 2007

A OESTE DO GUADIANA




Só aqui, meus amigos, só aqui...
Dada a escassez de MBs nestes anexos ao lado do fim do mundo, é natural que haja lugar para localidades chamadas Multibanco. Não estou certo, mas suponho que basta estarem mais de 6 pessoas junto a uma máquina para se considerar isso uma vila. Com um café ao lado, passa a cidade.

24 fevereiro 2007

PRECAVIDO

Aulas de português proibidas em liceu suiço

O director de uma escola suíça está a impedir, desde Janeiro, cerca de 100 alunos portugueses de frequentar as aulas de língua portuguesa, atitude que pais, alunos e professora consideram "xenófoba" e "discriminatória".



Não sou da mesma opinião dos pais, alunos e professora. Considero que o director da escola está a precaver-se de um futuro sombrio. Sabendo ele do desconxavo que é este País, antes cortar o mal pela raíz do que ver um cantão luso a crescer e a corromper o país dos relógios com cheiro a queijo.

OS PRODUTORES DE COTÃO

Para quem quiser e tiver tempo a desperdiçar, eis as fronhas dos tipos mais sexy do mundo virtual. Sim, porque no mundo real não conseguimos seduzir nem uma profissional do sexo. A quem adivinhar quem é quem (porque nem nós sabemos, tal a destreza maneta do escanhoador de serviço) será entregue uma bela vitualha*.






*Uma cópia em betamax dos Jogos Sem Fronteiras de 1988, narrados pelos carismáticos Eládio Climaco e Ana do Carmo. Esta bela peça de coleccionador, digna de figurar no "Coleccionando" de Luís de Sousa, vem embrulhada num belíssimo naperon, cortesia de Abdel.
(Infelizmente acabaram os posteres do Eng.º Sousa Veloso)


PS Quem estiver interessado em fazer a sua bela face ou de alguém mais apresentável, é só experimentar aqui.

23 fevereiro 2007

A MUDANÇA

Alterei novamente o look aqui do estaminé. Não sei porquê, mas este fundo tipo papel de parede lembra-me sempre cotão. Daquele do bom, do clássico, sem aditivos nem conservantes.



O BESUGO

DÃO-SE ALVÍSSARAS * A QUEM ENCONTRAR ESTE BESUGO !!!



*um poster assinado do Engº Sousa Veloso e uma cassete betamax com o programa 948 do TV Rural (incompleto por ter gravado o Sequim d´Ouro de 1987 por cima)

AS PRIMEIRAS IMAGENS

Eis as primeiras imagens deste estranho e obscuro (mas ao mesmo tempo emanador de um certo carisma de batedor de carteiras da Faixa de Gaza) espécime luso, o Celsibero!






(Agora que se abriu a caixa de pandora, seguem mais novidades Celsiberianas em breve)

14 fevereiro 2007

A SUDESTE DO GUADIANA

Era de tarde, início da tarde e T. desce a rua. Uma rua pacata da modorrenta Vila de P. T. procura um "abrigo" que lhe sirva descanso às pernas e, quiçá, uma beberragem. T. desespera, pois todos os "portos" estão fechados. No seu périplo T. depara-se com um espécime autóctone no seu habitat natural: uma esquina ao sol. T. questiona-o. Pergunta-lhe se há algum sítio onde abafar o calor instalado na garganta. Z. (chamemos-lhe assim) responde: " O cabrão do Central está aberto". T. já lá tinha passado e diz que não, estava fechado e pergunta porque Z. acha o tipo do Central um cabrão. Z. responde com a calma que lhe vai nas entranhas: "Porque está fechado."
T. abalou, ensimesmado com tamanha lógica.

06 fevereiro 2007

À BEIRA DA ESTRADA




Ora bem amigos. Não costumo olhar para facturas de coisas com valor tão mixuruca como um café, mas algo me levou a reparar nesta.
Sempre soube que as estações de serviço são geridas por uma bem organizada congregação de chulos e ninguém me convence do contrário. Com o advento das autoestradas e afins, convenhamos que era difícil alguém "micar" as meretrizes, dada a velocidade de circulação. O que em alguns casos era uma benção. Daí a aposta desta espécie de "machularia" nas estações de serviço, mais precisamente nas "lojas (coffee shops)". Nem tiveram que mudar o local do negócio pois continua a ser bem à beirinha da estrada e puderam continuar a aliviar a carteira do incauto automobilista. Como sei que são quengas que ainda trabalham lá? Simples, como a escrita nunca foi o forte delas, mas sim a "oralidade", percebe-se o porquê de para elas Spearmint não ser diferente de Spermint ou ainda de Sperm!!! Velhos hábitos não se perdem de um dia para o outro.
A única diferença entre a antiga situação prostibular e a recente é que agora quem sai f****** é o cliente.
Mas adiante. O que me leva a falar disto é o que vem escrito na factura.
Ora vejam:

TRIDENT SPERM

Mas que belo hálito ahn? Proteico...

EEEENE PA!!!!

Hi,

Vniagra 3, 35
Vnalium 1, 25
Cnialis 3, 75
Anmbien 2, 90

http://screw.22rx,com

Important: Replace "," with "." in the above link


Enxperimentei fnazer cnomo on snenhor dna mnensagem ancima en pnassei unma mnanhã an cnolocar unm nn an sneguir àn pnrimeira lnetra dne tnodas ans pnalavras qnue dnisse. Nnão fnoram mnuitas, mnas ans snuficientes pnara mne onferecerem unma bnela en nnada dnesconfortável cnamisa bnranca dne anpertar antrás.

01 fevereiro 2007

O AMOR ESTA NO AR

Marli está de volta com "O Amor Está No Ar".
Após meses de ausência, abençoando os nossos ouvidos com o silêncio devido, Marli apresenta-se em forma, roliça, macia, carnuda e, por fim, curta e grossa, mostrando todo o seu poder vocal e carnal. Uma diva, enfim.
Se em Bertulina Marli já atingia picos de insanidade imesuráveis, então que dizer deste desvario? Apenas que não há limites para a criatividade burlesca de Marli. Dois momentos a registar: a mestria de Marli no piano, qual Maria João Pires, e a aparição do assexuado Ken, saído de um cozinhado à base de dois ovos e uma cenoura (can you picture this? oIo). Julgo que definem a aura sexual que envolve o estranho mundo de Marli.
O refrão é pungente. Visceral mesmo.

"Minha flor está pronta pra ser polinizada.
O Amor está no ar, vamos copular"

Em suma, este tema não é um hino ao amor platónico, das emoções, mas sim um grito desesperado por troca de fluídos, vulgo queca.
É verdade que a flor está lá, só não sei quem a quererá polinizar.