24 julho 2006

bravura.

guerra.

civil parcial total preventiva preemptiva
por procuração fria nuclear biológica
quimica comercial subversiva psicológica.

estilhaço estrondo armadura
ferida desmantelamento desmembrado
sozinho

sem
nada
1
coisa de nada.

eu + tu { onde tu é grupo de dois, ou pouco mais, com grito mais alto que 3 } = 0

Abdel.

19 julho 2006

Jump Day

Celsiberos de todo mundo! Uni-vos amanhã, dia 20 e às 11:39:13 (sim, exactamente a esta hora) saltem durante dois minutos.
Calma, não estou sobre efeitos de alcoóis ou psicotrópicos.
Amanhã, é o grande Jump Day. Cientistas, loucos ou não tentam, provar desta forma, digamos, supimpa, que é possível alterar a órbita da Terra e diminuir os efeitos do aquecimento global.
Um detalhe... sendo a terra redonda, que zona deve saltar mais para tirar a Terra dos "eixos"? É que se a coisa corre mal, ainda pomos isto em direcção ao Sol.
Enfim, loucura ou não, vou saltar os meus dois minutitos. Se não resultar, sempre são dois minutos de exercício.

Jump here!

EDIT

Catano! Não é que era uma farsa do camandro? Mas mesmo assim, uma bela farsa...

06 julho 2006

NINGUÉM, UMA PORRA!!!!

Não, não está errado... Do mesmo modo que aos belgas é permitida a escoliose sintáctica, também a tal nos permitiremos!

Na verdade, após longa ausência por inefável sorvedouro de jericage que tem sido a minha santa jorna, aclaram-se-me os dias na tépida vontade de renascer celsibero diário. Por isso, venho falar de BOLA. Ehehehe... O mais elementar dos corpúsculos caspóreos, leia-se futebol, tem trazido até nós a benesse da mata verde!

Têm ouvido a implacável sirene de meia em meia?
Têm respirado o belo ar beirão estival pleno de fuligem e monóxido?
Têm berrado a célebre "era queimá-los", ou melhor "era amarrá-los a um pinheiro, carai"?

Confirma-se. A agricultura e a piromania nacionais, confirmadas causas de referência para a contribuição de um Portugal mais breu, pararam, meus senhores!!! Qual o pirómano que, entre duas profundas golfadas da mini ou duas beberricadelas marteladas não pára para assistir à queda do melhor representante da histórica, diria melhor genética linhagem nacional: o Romeiro!

Pois é, entre a folia da Senhora dos Medicamentos Lamecense, ou da Senhora do Santo Alguidar da Divina Aliviação consta que este "romeiro" (leia-se com o gesto tenebroso e propiciador de um estalo na boca de dedos a fazer aspas e de ombros encolhidos) surgiu em tempos para se dar a conhecer. A resposta é célebre... Depois do que vi nesta copa, passado o lutoexpresso, compreendendo a insignificância económica de um país periférico inclinado para o mar em entorses evolutivas, sorrio, porque até a Federação Maior da Bola se tramou quando a força tuga lá foi minando a vida aos maiorzitos dos contratos milionários dos consórcios mundiais. SIM SENHOR!!!

Quero dizê-lo bem alto: Ninguém??? NINGUÉM, UMA PORRA, Ó PALHAÇOS!!!!

Mas descansem... Continuaremos a periferar na jericage genética mais umas gerações! As minis acabaram e os golos também! Chegou o desporto de Verão!!!! Mais umas décadas...

02 julho 2006

O silêncio deste vale.


O silêncio deste vale.




Este é um lugar inóspito e duro. Doloroso. Ásperos são os dias que correm sobre o veio do tempo. As escamas que balançam não são mais que escamas: serão nada mais porque não há brisa que as mova.


E sentes-te perdido. Algures entre o áspero duvidoso do estar e do ir. Que fazer? A brisa ainda não surge. Nada surge.


Calma... o silêncio tem a espessura de ramos verdes de oliveira e o comprimento de um latido, morte de cão vertido em sangue na ribanceira.

Mas alguém... os dias desaguam em desertos, nudez perpéctua, as escamas húmidas, gémea fotografia... ninguém.


Circundo as coisas, sempre as coisas são diferentes mas da brisa nada ouço. As ideias são mesmas em si e nada em mim se revela. Ninguém ainda.



O silêncio é uma rua fechada. Abro o diafragma do vento e expelindo todos os pinheiros vistos, os arrabaldes conhecidos, as mulheres amadas, os mosteiros visitados, as ervas e flores cheiradas, as borboletas cercadas, o sono tomado, o sexo desejado, os mergulhos tomados, expelindo todos em voo incerto, algo surge, sobre a brisa, não nela, mas com ela, o grito do eco, o outro.
Rubro como eu sobre o penedo, sozinho, tomo-te. Onde estás?