18 abril 2007

LOJA DOS RAPACES


Como atesta a imagem, a versatilidade é um denominador comum por esta planície onde os comunas perderam as botas.
Desde que vi por aqui um barbeiro que também compunha televisões julgava estar perante o mais sério caso de polivalência de mister. Afinal, não era o único. A Loja dos Rapazes, é uma loja à portuguesa. O nome é dos mais bizarros que já vi, mas é cativante, ninguém esquece (infelizmente). Mas dever-se-ia chamar Loja dos Rapaces, tal a tosquia que infligem ao cliente. Como indica o nome dos proprietários, não se fazem rogados no que toca à variedade de oferta. Quando se entra, o cheiro do coirato confunde-se com o do coiro da botina camponesa. Onde a nata se mistura com a napa e a couve adquire honras de ladear com camisas na montra do estaminé. É uma espécie de Loja do Cidadão do comércio tradicional. Tudo se encontra e tudo está à mão em meia dúzia de metros quadrados. É um daqueles locais onde se entra para comprar um fusível e arriscamo-nos a trazer um fato, colecção primavera/verão-quente 1975, com suíças, barba, sapato de tacão e um poster do Cunhal incluídos.
Provavelmente, também se deve encontrar por aqui um ou outro diploma de Engenharia à venda. Agora, percebo o real motivo da passagem do Sócrates por aqui há uns tempos...

2 comentários:

Anónimo disse...

Bendita caspa que este senhor deixa cair.
Liiiiiiindo!

Abdel Sesar Im disse...

É o mulherio a atacar!