08 junho 2006

Marli

E quando o mundo parecia fazer sentido eis que surge Marli para derrubar todas as verdades insofismáveis (sempre quis escrever isto, fizesse ou não sentido).
Pois bem, se quando falamos de sensações auditivas capazes de fazer crescer pêlo no mais acirrado caso de alopecia, colocamos Sônia Rocha num inalcansável patamar cotoniano sonoro, onde situar, então, Marli? Esta nova vedeta do cançonetismo Blew Age balança na linha que traça o paralelismo do som contemporáneo (por mais que toque ou cante nunca se encontra). Da junção de uma serra mecânica vocal com um orgão Casio a entoar as mais belas melodias Midi, Marli do improvável faz a sua caipirinha e torna-se inclassificável no tocante à produção sonora.
Os seus vídeos são tocantes. Como ferro em brasa atrás da orelha. Do vodu ao estilo Mason (não o Marylin, mas o Charles), passando por ondas psicadélicas non-sense e repentismos handycam, Marli devassa o establishment e destrói por completo tudo o que a indústria ditou até então.
Mas nem tudo é cinza. Há umas partes a cor. No vídeo.
Ora... visionai, celsiberos, visionai!



1 comentário:

Anónimo disse...

Tenho 5 letras para isto:

C R E D O

Acabámos de ver o melhor efeito visual no que toca a "fantasmas" e a "decapitações". E já agora, se ela é uma heroína e vive na "Froresta", porque raio é que ficou lá...

No segundo video o canto gregoriano fica a matar. Aliás, acho que participam no clip os monjes de Singeverga. E as faísca, que belas faíscas...