14 fevereiro 2007

A SUDESTE DO GUADIANA

Era de tarde, início da tarde e T. desce a rua. Uma rua pacata da modorrenta Vila de P. T. procura um "abrigo" que lhe sirva descanso às pernas e, quiçá, uma beberragem. T. desespera, pois todos os "portos" estão fechados. No seu périplo T. depara-se com um espécime autóctone no seu habitat natural: uma esquina ao sol. T. questiona-o. Pergunta-lhe se há algum sítio onde abafar o calor instalado na garganta. Z. (chamemos-lhe assim) responde: " O cabrão do Central está aberto". T. já lá tinha passado e diz que não, estava fechado e pergunta porque Z. acha o tipo do Central um cabrão. Z. responde com a calma que lhe vai nas entranhas: "Porque está fechado."
T. abalou, ensimesmado com tamanha lógica.

Sem comentários: